Você pode até não ter jogado cada um desses jogos, e experimentado todos os consoles, mas, com certeza já ouviu falar de quase tudo. Então aproveite para voltar ao passado, e tirar o pó das suas memórias. Viaje com a gente:
Década de 70: Os primórdios
Nos anos 70, os jogos eletrônicos começaram a surgir no mundo, e o Brasil não ficou para trás. A primeira máquina de fliperama, a “TV Tennis Electrogame”, chegou ao país em 1972, pela empresa Philco-Ford. Logo depois, outros jogos foram sendo importados, principalmente dos Estados Unidos e Japão, como o “Space Invaders” e o “Pac-Man”.
Foi nessa época que a Atari lançou o seu primeiro console, o Atari 2600, que se tornou um sucesso mundial. O console foi trazido para o Brasil pela empresa Polyvox, que conseguiu uma licença da Atari para produzir e distribuir o aparelho no país.
Apesar de ainda não haver produção nacional de jogos, o mercado brasileiro de fliperamas começou a se expandir rapidamente. Muitas empresas estrangeiras começaram a investir no país, abrindo filiais ou fornecendo equipamentos para empresas locais. A Taito, por exemplo, abriu uma filial em São Paulo em 1979, e a Atari fornecia equipamentos para a empresa gaúcha IESA.
Década de 80: O boom dos fliperamas
A década de 80 foi o período de ouro dos fliperamas no Brasil. Com a popularização dos jogos eletrônicos, cada vez mais pessoas frequentavam as casas de fliperama para jogar os mais diversos títulos, como “Street Fighter II”, “Mortal Kombat” e “Double Dragon”. Alguns fliperamas se tornaram verdadeiros pontos de encontro para os jovens da época.
A produção nacional de jogos ainda era praticamente inexistente, mas algumas iniciativas começaram a surgir. Em 1983, a empresa TV Games lançou o jogo “Amazônia”, que se tornou um dos primeiros jogos brasileiros a fazer sucesso no país. No mesmo ano, a empresa Datasoft lançou o jogo “Os Impossíveis”, baseado em uma série animada de TV.
Década de 90: O início da produção nacional
Na década de 90, o mercado de jogos eletrônicos no Brasil começou a se profissionalizar. Algumas empresas locais começaram a se dedicar à produção de jogos, como a Tec Toy, que lançou vários títulos para o Mega Drive, incluindo a famosa série “Sonic”. A empresa também produziu jogos para outras plataformas, como o Master System e o Game Gear.
Além da Tec Toy, outras empresas brasileiras surgiram, como a Brasoft, que produziu jogos educativos e de aventura para o PC, e a Southlogic, que lançou o jogo “Tetris Revolution” em 1999. O mercado de jogos para PC também começou a crescer, com o surgimento de várias empresas que se dedicavam exclusivamente a esse mercado.
A Nintendo entrou no mercado brasileiro em 1993, mas devido a problemas com a distribuição e a alta carga tributária, seus consoles não conseguiram atingir o mesmo patarmar de vendas do Mega Drive da Sega. Além disso, a pirataria de jogos era muito comum no Brasil, o que dificultava o crescimento do mercado legal de videogames.
Década de 2000: O avanço da tecnologia
Nos anos 2000, a tecnologia avançou muito e isso refletiu no mercado de jogos eletrônicos. As plataformas de jogos ficaram mais sofisticadas e os gráficos melhoraram consideravelmente. No Brasil, a produção nacional de jogos também evoluiu, com o surgimento de várias empresas especializadas nessa área. A Tectoy, por exemplo, lançou em 2003 o primeiro jogo totalmente produzido no Brasil para PlayStation 2, o “Futebol Craque”. Outras empresas também se destacaram, como a Aquiris Game Studio, que produziu o jogo “Ballistic Overkill” em 2017, e a Kinship Entertainment, responsável pelo jogo “Pixel Ripped 1989”, que foi lançado em 2018.
Além disso, a popularidade dos jogos eletrônicos cresceu ainda mais, com a internet permitindo a conexão entre jogadores do mundo todo. O Brasil se tornou um importante mercado para empresas internacionais, como a Electronic Arts, que abriu uma filial em São Paulo em 2004, e a Ubisoft, que inaugurou uma filial em São Paulo em 2008.
Década de 2010: O sucesso dos jogos indie
Nos anos 2010, os jogos independentes começaram a ganhar cada vez mais destaque no mercado brasileiro de jogos eletrônicos. Com a facilidade de acesso às ferramentas de desenvolvimento e a possibilidade de distribuição digital, os desenvolvedores independentes começaram a criar jogos de grande qualidade e com temas variados.
Dentre os jogos independentes brasileiros de destaque, podemos citar “Aurion: Legacy of the Kori-Odan”, produzido pela Kiro’o Games em 2016, e “Dandara”, produzido pela Long Hat House em 2018. Além disso, muitos eventos de games independentes começaram a surgir no país, como a Brasil Game Show Indie, que acontece anualmente em São Paulo.
Década de 2020: Consolidação
A década atual tem sido marcada pela consolidação da indústria de videogames no Brasil. Várias empresas locais continuam a produzir jogos de alta qualidade e atraindo investimentos. A pandemia de COVID-19 aumentou ainda mais a popularidade dos jogos digitais, o que deve garantir o crescimento contínuo do mercado nos próximos anos.
Conclusão
A história dos jogos eletrônicos no Brasil é marcada por muitos desafios e conquistas. Desde os primórdios nos anos 70 até os dias atuais, a indústria de games no país tem evoluído e se profissionalizado, criando jogos de qualidade e se tornando um importante mercado para empresas internacionais. O futuro da indústria de jogos no Brasil parece promissor, com o crescimento dos jogos independentes e o aumento do interesse do público brasileiro por jogos eletrônicos.
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